Issey Miyake, inverno 2023 – Foto: Reprodução/WWD
Enquanto as notas de um xilofone – tocado a três – enchiam o palco do Théâtre du Chatelet, uma das convidadas da primeira fila balançava os sapatinhos cobertos de cristais em sincronia. A impressão era de que o som estava mesmo era vindo seus pés ou, talvez, do lustre centenário que se acendeu no meio do show.
Um espetáculo transcendental, como esse, só poderia ser de Issey Miyake e em um dos endereços mais à la mode de Paris desde as últimas temporadas. Antes mesmo da primeira modelo entrar na passarela, toda a movimentação e expectativa que lotaram a porta do evento estavam explicadas: Satoshi Kondo é mais do que um estilista, é um criador de sonhos.
O legado do fundador, falecido no ano passado, ajuda. Seus plissados e visuais estruturados são lendários entre os japonistas da moda. Nessa temporada, eles voltaram tão leves quando os copos de água que serviram igualmente como instrumentos sonoros nas mãos dos músicos que lideraram a trilha da apresentação.
Em silhuetas, a coleção foi além do clichê invernal. Os tricôs e malhas estava lá, mas em visuais que bem poderiam vestir mulheres elegantes em qualquer estação. O mesmo valeu para as construções geométricas, que deixaram as modelos tão matemáticas quanto completamente naturais.
A combinação mais que perfeita da natureza orgânica e fluída com o rigor da costura tradicional na maison – um que, com toda a certeza, clientes asiáticas e internacionais vão colocar no topo da lista de desejos para a próxima temporada!
Veja na galeria 10 looks que amamos da apresentação:
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