O gosto pela leitura começa na infância – mas, por conta da massificação tecnológica, os livrinhos tão necessários nas formações cultural e cognitiva das crianças acabaram trocados por telas planas (diga-se, até os três anos, os especialistas desaconselham o uso de celulares e tablets por conta dos danos precoces causados à visão). Engana-se quem pensa que a nova geração não curte boa literatura. E para incentivar-los a ler, listamos algumas opções superbacanas, que vão do suspense aos temas inclusivos.
“Invisível”, Tom Percival (ed. Catapulta) – A obra narra a história de Isabel, que vê a família perder o pouco que tinha e passa a viver na área mais pobre da cidade. Ali ela se percebe invsível aos olhos dos mais ricos e começa a enxergar outras pessoas na mesma situação. Isabel, então, resolve se juntar à comunidade e fazer a diferença. O autor conta que se inspirou na própria jornada para escrever o livro.
“Uma Família é uma Família é uma Família”, Sara O’Leary e ilustrações de Qin Leng (ed. Brinque-Book) – O livro traz como assunto central o que realmente define uma família: o número de integrantes, o estilo de vida e a forma de se relacionar. Com narrativa leve e bem-humorada, a obra apresenta inúmeros exemplos de famílias, sempre destacando que a única coisa que importa na convivência diária, é o afeto.
“O Reino da Fadinha Pink”, Patrícia Favalle e ilustrações de Paulette Pink (ed. Metanoia) – O roteiro conta a jornada de uma fadinha nascida cor-de-rosa num reino cinza. O não pertencimento faz com a garota saia em busca da aceitação em outro mundo, mas durante a caminhada em busca do arco-íris, ela encontra seres incríveis, e entende que é a diferença que faz com que cada pessoa seja única.
“Eu Sou uma Menina”, Yasmeen Ismail (ed. Brinque-Book) – No discurso potente da escritora, a protagonista gosta de vencer, é empoderada, espontânea e valente, predicados que a fazem ser confundida com um menino. Mas ela nem se importa, e avisa que é “doce e amarga, e está longe de ser mais uma florzinha!”
“Três”, Stephen Michael King (ed. Brinque-Book) – O cachorrinho de apenas três patas é um explorador nato, que circula pela cidade esbanjando simpatia e conquistando novos amigos. Em suas aventuras, ele conhece as curiosas seis-patas (também chamadas de formigas) e a oito-patas (uma aranha cautelosa, que construiu a sua casa bem no alto, para se proteger do caos do trânsito). Também tem a humana duas-pernas, chamada Flávia, com quem ele adora se divertir.
“Meu Crespo é de Rainha”, Bell Hooks e ilustrações de Chris Raschka (ed. Boitatá) – O acolhimento dá forma ao livrinho, originalmente escrito em 1999, ao mostrar variados penteados e cortes de cabelos crespos de forma positiva e orgulhosa. A autoestima é evidenciada a cada página, desfazendo os padrões eurocêntricos de beleza como os únicos aceitáveis.
“Sinto o que Sinto”, Lázaro Ramos e ilustrações de Ana Maria Sena (ed. Carochinha) – Todos sabem que lidar com os sentimentos nem sempre é tarefa fácil. Isso é o que Dan, personagem do Mundo Bita e narrador da história, percebe ao longo de seu dia. O livro tem como objetivo ajudar as crianças a entender que é normal sentir raiva, alegria, orgulho, tudo ao mesmo tempo. Aprender a identificar e a nomear tais sentimentos é muito importante para o desenvolvimento emocional do ser humano.
“Oikoá”, Felipe Valério, Luise Weiss, Maria Cristina Troncarelli, Tupã Mirim Werá, Bepo Mẽetyktire e Paimu Muapep Trumai Txucarramãe (ÔZé Editora) – Escrito em três idiomas que se conjugam, o português, o Guarani Mbya e o Mẽebêngôkre, o livro remete aos principais guardiões da vida na Terra: os povos indígenas.
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*Colaborou Nancy Lissner
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