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Fruto da geração mais conectada da moda, Yanly Erh é fashionista puro

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Regata Hannes Supreme, calça Kapital, colar Heron Preston e bolsa Y MUSGU – Foto: Anthenor Neto
Do dicionário da moda, effortless talvez seja a melhor definição para Yanly Erh. Não é a sprezzatura italiana, tampouco o je ne sais quoi francês. Ele é cool demais (e Gen-Z demais) para se preocupar com os rótulos clássicos. No seu ateliê em São Paulo, no dia destas fotos, estava estilosamente confortável em uma regata preta e uma calça verde assinada pela japonesa Kapital, uma de suas favoritas. Nos pés, botas pesadas da Balenciaga e, no pescoço, um colar Heron Preston misturando pérolas e correntes. Essa é a imagem do jovem designer paulistano que se prepara para lançar sua própria marca depois de quatro anos de idealização.
Entre araras, rolos de tecido e máquinas de costura, ele está mais em casa do que no próprio lar: “fico aqui até as quatro da manhã”, confessa. Por lá, dedica horas para pesquisa e criação, incluindo a bolsa Y, um design autoral que batizou em homenagem à sua inicial e que já é seu maior sucesso. Já são algumas dezenas de fashionistas que garantiram o modelo (que começou sendo vendido nas redes sociais, onde Yanly soma mais de 88 mil seguidores), mas um de seus donos mais célebres é Rick Owens.
Yanly usa kimono vintage, calça Needles, bandana 45R e botas Maison Margiela – Foto: Anthenor Neto
A “aquisição” aconteceu em junho, em Veneza, quando o brasileiro deu uma bolsa para o estilista americano que, em troca, assinou suas iniciais no par de tênis que voltou para o Brasil como um tesouro. O momento ficou eternizado nas redes sociais do jovem, assim como seu encontro com Miuccia Prada algumas semanas antes.
O lançamento oficial do acessório está previsto foi em dezembro passado, como o primeiro drop da marca, que escolheu batizar de MUSGU. Originalmente, a ideia era associar a label com Physarum polycephalum, o fungo gelatinoso que foi alvo de experimentos nos metrôs do Japão, o berço das maiores referências fashion de Yanly.
Tênis assinado por Rick Owens – Foto: Anthenor Neto
Na segunda fase do processo de escolha do nome, o tardígrado, animal microscópico conhecido por sobreviver às condições mais extremas, virou tema de reflexão. Os spots certeiros para encontrar a criatura são sempre os mais úmidos, como tapetes naturais de musgo. “Foi quando lembrei que uma das principais características do musgo é crescer em diversos ambientes e criar simbioses com o habitat, sem prejudicá-lo. Esse é o conceito que quis trazer para a minha marca. Quero que minhas roupas se desenvolvam na superfície do corpo humano, enquanto as pessoas possam manter a própria originalidade”, explica.
Por pura coincidência (ou talvez uma previsão do inconsciente), a primeira bolsa Y foi criada com um tecido verde-musgo, já um pouco desbotado, pelo uso constante do criador. “Sou meu primeiro cliente”, ele brinca. “Preciso gostar daquilo que crio antes de lançar. E prezo pela funcionalidade. Tem que ser versátil”.
Porta-joias Gucci, colar e pulseiras Marc Jacobs – Foto: Anthenor Neto
Não à toa, a tendência do utilitarismo é sua queridinha e um dos pilares exemplo, Yanly sentiu falta de um compartimento para o passaporte na bolsa Y. De volta a São Paulo, foi a primeira alteração que fez.
Além do verde, a paleta inicial do acessório traz dois tons de vermelho. “Recebo muitos pedidos para fazer uma preta. E eu até poderia, mas o preto já está em tantos lugares”, brinca. Yanly é assumidamente fã de azuis, particularmente as nuances obtidas através de tingimentos com índigo. Jeans, por exemplo, são constantes no guarda-roupa.
Terno 45R, camisa Prada, calça MUSGU e colar Heron Preston – Foto: Anthenor Neto
Nos planos do lançamento, Yanly também vislumbra uma série documental, acompanhando a bolsa no cotidiano de diferentes profissionais e atestando sua versatilidade. O projeto é ambicioso para o jovem que, com duas décadas de vida e muito humor, se descreve como “bebê”. Não se trata, porém, de um pássaro raro. Na atual era digital, em que a presença e a produção de conteúdo nas redes são amplas, a Geração Z não apenas já se mostrou capaz de liderar mudanças na indústria da moda, como também tem se revelado consciente de seu próprio poder empreendedor.
“Sempre tive medo de ficar para trás. Mas sou muito seguro e orgulhoso do meu olhar de moda”, admite. Cercado por estéticas e padrões europeizados, reconhece que suass referências vêm do Oriente. “Lá, as coisas conversam mais comigo”. É esse diálogo original, filtrado pelas próprias experiências, que Yanly deseja apresentar com MUSGU, seu primeiro projeto em um horizonte de muitos. “Moda é um meio de comunicação. É sobre expressão individual. Isso é o mais importante para mim.”
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