Os novos diamantes rosa australianas comprados pela Tiffany & Co. (Créditos: Divulgação)
Diamantes não são novidade na Tiffany & Co. Ao contrário, a joalheria americana é referência no universo das pedras desde 1837 e marcou a história com algumas das joias mais famosas do mundo. Entre elas, claro, o lendário Diamante Tiffany, uma gema amarela sul-africana que, com seus 128.54 quilates, já enfeitou ícones como Audrey Hepburn, Lady Gaga e Beyoncé. A novidade da vez (seguindo as collabs da casa com a Fendi e a Nike) é a coleção de 35 diamantes rosas raríssimas, que a Tiffany & Co. acaba de adicionar a sua coleção depois de comprá-los da Argyle Diamond Mine, a mina australiana responsável por quase toda a produção dessas pedras rosadas.
Os novos diamantes rosa australianas comprados pela Tiffany & Co. (Créditos: Divulgação)
Aberta em 1983 em East Kimberley, no oeste da Austrália, a histórica mina fechou em 2020 mas, em fevereiro de 2022, procurou a Tiffany & Co. para vender, pela primeira vez, uma curadoria inédita e preciosa de seus famosos diamantes cor-de-rosa. A raridade da pedra se explica por sua composição química única: enquanto os diamantes tradicionais se formam apenas pela ligação de moléculas de carbono, suas versões coloridas (também chamadas de fancies e que surgem em uma variedade quase infinita de cores, incluindo azul, laranja, marrom, preto e o mais raro, vermelho) nascem de um mix outros elementos. No caso dos rosados, as origens do tom inusitado são duas.
Os novos diamantes rosa australianas comprados pela Tiffany & Co. (Créditos: Divulgação)
Ainda que mais 90% dos diamantes rosas sejam australianos, algumas das maiores descobertas também surgiram em minas indianas, como as de Golconda. Essas pedras ganham a característica rosada por um processo químico conhecido como centro de vacância de nitrogênio. De forma simplificada, um átomo de nitrogênio substitui naturalmente um de carbono na formação do diamante, deixando também um espaço entre as outras moléculas. Como resultado, o diamante reflete a cor rosa.
Já nas gemas australianas, como as compradas pela Tiffany & Co., a cor surge da granulação nos diamantes – ou seja, as falhas nas estruturas moleculares da pedra. Essas podem variar em intensidade, o que resulta em tons cada vez mais saturados, de rosa até vermelho.
Os novos diamantes rosa australianas comprados pela Tiffany & Co. (Créditos: Divulgação)
Para avaliar cada diamante, joalheiros e especialistas utilizam uma escala universal, proposta pela Instituto de Gemologia da América (G.I.A.), em que as pedras são analisadas sob diferentes critérios. As coloridas são dividas em 5 grupos: fancy light, fancy, fancy intense, fancy deep e fancy vivid (os mais raros). Na compra recente, a Tiffany & Co. garantiu alguns exemplares notáveis que incluem rosas acentuados, tons de roxo e até um diamante vermelho. Para deixar a novidade ainda mais impressionante, três deles ultrapassam 1 quilate, um tamanho raro para pedras coloridas!
Um dos novos diamantes rosa australianas comprados pela Tiffany & Co. (Créditos: Divulgação)
Se o amarelo Diamante Tiffany surpreendeu o público em suas viagens internacionais (fez parte da exposição Vision & Virtuosity na Europa e também teve uma breve passagem pelo Brasil), aficionados por alta-joalheria já esperam ver os novos diamantes rosas montados em joias. Segundo a marca, eles serão apresentados com exclusividade para alguns clientes globais ainda 2023, antes de serem incluídos em coleções de cápsulas e, possivelmente, futuras criações do Blue Book, o catálogo de alta-joalheria publicado pela Tiffany & Co. desde 1845.
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