Styling: Luis Fiod | Beleza: Jonas Santos | Fotos: Alexandre Pio
A estreia de Wanessa Camargo no Carnaval de rua de São Paulo está marcada para este domingo (12.02), com seu bloco Xainirô (nome inspirado no hit “Shine It On”). Na preparação para o trio, ela assistiu novamente ao musical “Chicago” e quis trazer para as ruas paulistanas o glamour de um século atrás atualizado. “Achei incrível trazer esse tema nos figurinos. A gente está cuidando das roupas agora (enquanto falo com você) para ter esse tema atualizado e não ser tão literal dos anos 1920, mas trazer para a modernidade”, resume. A cantora receberá Aretuza Lovi, Francinne, Johnny Hooker, Lia Clark, Lorena Simpson, Luiza Possi, Pepita, Vitão, e os DJs Breno Barreto e Vitor Zucarelli.
À Bazaar, ela contou sobre sua relação com o Carnaval. “Sempre gostei de pular, mas nunca imaginei puxando um trio, um bloco, alguma coisa assim”, explica. “Não tenho [uma memória incrível], mas a primeira vez que fui assistir ao desfile das escolas de samba no Rio foi inesquecível”, diz ela, que tem memórias de folias em muitas partes do Brasil.
Mas as vezes em que pisou na Avenida para sambar foram memoráveis, assim como o début dos filhos filhos José Marcus e João Francisco, de 10 e 8 anos, respectivamente (frutos de seu relacionamento com Marcus Buaiz) em um bailinho. Wanessa fala que não era muito se fantasiar. “Gostava de ir de bonita no Carnaval (risos). Normalzinha, jeans, camisetinha, meio verão”, crava.
A concentração e saída do evento acontecerá no circuito dos mega blocos, na Rua Laguna, próximo ao número 393, no bairro Santo Amaro. Marcado para começar às 11h e deve durar até às 16h, quando Luísa Sonza também desfila. Leia a íntegra do papo:
Você está planejando disco novo, EP, single ou algum outro projeto para esse ano? Juro, é a única coisa que me perguntam (risos) quando falo que vou te entrevistar! E, se, além da música, você tem vontade de se dedicar a outro projeto, já que já foi apresentadora de TV…
Estou ansiosa para lançar coisa nova, trazer coisa nova. A gente teve o lançamento de uma música para o carnaval. Tem, sim, um projeto lindo, incrível, que estou preparando há um ano para lançar logo – sem datas definidas. São coisas inéditas, coisas que escrevi em parceria com gente incrível, que eu já gravei, que já está prontinha para ser lançada para o mundo e que vai trazer a minha nova fase musical, que está linda e está muito de dentro pra fora assim. Tem um lado muito verdadeiro e sincero que está saindo de mim para esse trabalho novo.
Sobre novos projetos além da música, por enquanto, não. O grande foco é retomar a parte musical que ficou muito parada durante essa pandemia e que eu resolvi cuidar de outras partes da minha vida, como a parte pessoal. Enfim, precisava me reestruturar e agora o foco é a parte musical. Mas, claro, se aparecer um projeto que seja muito incrível e tenha ligação com a música eu vou adorar.
De onde veio essa ideia do bloco de Carnaval? Qual é sua relação com a festa? Você sempre gostou? Ou é algo tardio?
Essa é a ideia do bloco de Carnaval, não vou mentir, não teve nada a ver com minha ideia. Sempre gostei de pular carnaval, mas nunca imaginei fazendo um trio, um bloco, alguma coisa assim. A minha equipe, basicamente, o Anderson – meu braço direito – teve essa ideia e me convenceu. Falou que ia ser legal e mostrou os pontos dele, mostrou como poderia funcionar e quando ele me explicou dessa forma que eu poderia fazer um show onde eu me divertiria muito e estaria fazendo as músicas mais pra cima da minha carreira, enfim, mais up, adorei a ideia, também.
Qual é a sua memória de Carnaval mais gostosa?
Sempre gostei, já desfilei no Rio, já fui para Salvador, para o sul, passei Carnavais mais tranquilinhos e já pulei de todas as formas possíveis em festas e bailes. Não tenho [uma memória incrível], mas a primeira vez que fui assistir ao desfile das escolas de samba no Rio foi inesquecível. A primeira vez, tinha 13 anos, foi com a minha família e vi tudo aquilo. Foi surreal!
A primeira vez que pulei carnaval em Salvador, já independente, com minhas amigas, seguindo Asa de Águia no bloco foi inesquecível. E a primeira vez que participei de um Carnaval eletrônico, no sul, também. Ah, e a primeira vez que levei meus filhos em um bailinho de Carnaval bem clássico também foi legal.
Você lembra qual foi a fantasia mais icônica que usou na vida? Ou, de repente, aquela que sempre usava quando pequena?
Engraçado, não lembro de muita fantasia de Carnaval na infância. Acho que a fantasia de Carnaval que eu usei mesmo foi quando desfilei, aos 14 anos na Vai-vai. Depois, desfilei na Beija-flor e na Imperatriz, com o tema Zezé Di Camargo e Luciano (2016). Depois, na Mocidade. Não era muito de fantasiar, não. Gostava de ir de bonita no Carnaval (risos). Normalzinha, jeans, camisetinha, meio verão e tal.
Para o bloco de carnaval Xainirô, já tem looks definidos? Serão roupas feitas exclusivamente para as apresentações ou algo pronto? O que pode adiantar?
Peguei como tema o musical “Chicago”. Coincidentemente, a gente estava pensando no bloco e eu assisti ao filme de novo e achei incrível todo o conteúdo visual, dos anos 1920 e aqueles brilhos todos. Ao mesmo tempo, tem uma sensualidade velada, a linguagem de palco, de brilho… Achei incrível trazer esse tema nos figurinos, também. A gente está cuidando das roupas agora (enquanto falo com você) para ter esse tema atualizado e não ser tão literal dos anos 1920, mas trazer para a modernidade.
Foto: Daniela D’Errico
Ano passado, a tour Livre teve um projeto audiovisual. Ela se estende para este ano ou já está pensando em nova tour, focada nos 22 anos de carreira?
Ela foi lançada em outubro (do ano passado) e vai até outubro. Vai durar um ano, claro que com algumas interferências e com lançamentos de músicas novas. A gente vai atualizar, mas foi pensada para durar um ano todo. Todo o trabalho audiovisual que a gente fez, de ensaios, de preparação de arranjos, de coreografias, de roupa, a gente vai trazendo isso, mas trazendo mudanças nas roupas, em repertório pra poder encaixar coisas novas ou aquilo que a gente não conseguiu colocar no primeiro semestre. Essa já é uma turnê de comemoração porque consegui resgatar todas as fases da minha carreira, desde o começo até esse últimos lançamentos. Inclusive, os fãs participaram da escolha desse repertório. Todas as fases foram visitadas, contempladas e homenageadas.
Você era um dos nomes cotados para o Big Brother Brasil (BBB). Aí veio a decepção quando você nunca apareceu nas chamadas e anúncios. Você foi, realmente, convidada? Caso sim, por que não topou?
Pois é, eu não fui convidada, não teve nenhuma conversa, nem de aproximação, nada, nada, nada. (gargalha) Porque não houve essa possibilidade, nem chegou perto, nem de a gente se aproximar e mostrar disposição, como também não teve, nem do lado de lá também procurando a gente, não. Realmente, foi um mistério.
Se você tivesse ido, como acha que seria seu arquétipo? Planta (que come quieto e chega à final), articuladora (participa de todas as jogadas), curinga (que entrega entretenimento ao público), a cozinheira (que garante a comida aos brothers, e, por isso, nunca é foco de votação, ou algum outro?
Bom, se eu tivesse ido eu acho que eu seria tudo e nada. A única opção que não tem é cozinhar porque realmente eu não sei cozinhar pra ninguém. Nem pra mim. (risos) Mas acho que seria um pouco de tudo e um pouco de nada disso, também. Seria diferente, (mas) do meu jeito. Não sei. Acho que essas coisas sempre a gente acha que sabe. Quando (chega lá) a gente descobre tanto sobre a gente, né? Acho difícil.
Para finalizar, queria perguntar como está o coração nesse momento, já que você assumiu um relacionamento com o Dado Dolabella no fim do ano passado.
Estou muito feliz, bem e buscando sempre ser uma pessoa mais consciente, mais amor, mais vida. É isso que quero para mim e para todos ao meu redor.
Styling: Luis Fiod | Beleza: Jonas Santos | Fotos: Alexandre Pio
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