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Tommy Hilfiger e seu futuro nostálgico

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Tommy Hilfiger – Foto: Divulgação
Por Carolina Camargo
Ouvir a expressão “closet dos sonhos” virou moda nas redes sociais, mas o termo ganha um novo e muito mais amplo sentido estando diante do acervo da grife Tommy Hilfiger, em Nova York. Afinal, são quase 40 anos criando a história da moda nos Estados Unidos e levando essa trajetória de sucesso mundo afora. Ao todo, são mais de 20 mil itens, além de um arquivo digital de fotos e vídeos de desfiles, backstages e campanhas. Roupas marcantes como o vestido inspirado em Cinderella usado por Zendaya no Baile de Gala do Metropolitan Museum em 2019 ou o look usado por Lady Gaga para marcar presença na primeira fila do desfile da coleção de verão 2017 estão guardados em um prédio no Queens junto com obras de arte.
A escolha não é à toa. Mantidas com luz e temperatura controladas, as peças, sapatos e acessórios são separados por década, coleção, linha e ocasião. O arquivo começou a ser montado em 2014. O acervo que ficava no escritório da grife em Manhattan foi trazido para o local em 2016. Uma equipe é responsável por organizar e registrar os dados de cada item, além de garimpar raridades em brechós e sites como o eBay. “Me sinto nostálgico! Lembro de cada peça ao longo dos anos, de quem as usou na passarela e o que realmente significaram para a construção da marca”, conta Tommy Hilfiger, recepcionando jornalistas de diferentes países. A equipe confirma que é comum ver o estilista de 71 anos andando pelos corredores do acervo, pesquisando e separando peças.
Tommy Hilfiger – Foto: Divulgação
Para essa temporada da New York Fashion Week, o designer decidiu pular o desfile e fazer algo mais intimista, voltando às origens e trazendo luz para a história da marca. “Tudo é inspirado no passado, mas não posso depender do passado para ter novas ideias. Então, quando tive a oportunidade de passar um tempo com Karl Lagerfeld anos atrás, perguntei a ele por que a Chanel fazia tanto sucesso e ele disse: ‘É muito simples. Fui ao arquivo de Coco Chanel e peguei tudo o que era cool e relevante na época e tornei ainda mais relevante hoje. Então é isso que este arquivo faz por nós. Nos leva de volta ao passado, mas nunca queremos fazer exatamente o que já fizemos. Sempre queremos evoluir e criar algo novo e fresco”, explica Hilfiger.
O estilista abriu sua primeira loja, People’s Place, quando ainda estava no High School. “Comecei com 18 anos. Vendia roupas legais e discos e logo o espaço se tornou uma espécie de ponto de encontro da comunidade com pessoas que amavam música e moda. Depois de alguns anos, decidi que queria construir minha própria marca, então comecei a traçar meu curso. Eu sabia exatamente o que queria para me vestir, então passei a criar roupas masculinas no início dos anos 80”, relembra.
Tommy Hilfiger – Foto: Divulgação
Bazaar foi o único veículo de imprensa do Brasil a ser convidado para fazer essa imersão no universo TH. “Aqui estamos em 2023, depois de muitos anos fazendo coleções e construindo negócios globalmente. Continuo empolgado do mesmo modo como eu estava na época que fundei a marca e talvez até mais motivado e inspirado porque agora posso levar minhas paixões para o mundo, e não apenas para a América. Nos divertimos muito ainda e os melhores momentos são quando começamos a desenvolver uma coleção que achamos que vai repercutir e se tornar relevante para o consumidor”, fala Tommy.
Para o verão 2023, a proposta é um mix de itens vintage com as peças mais novas, sempre pensando nos esportes e na vida ao ar livre. A grife foi uma das primeiras a abraçar o mundo esportivo, criando peças inspiradas nas mais diversas modalidades, como polo, rugby e vela. “Começamos pensando nos tecidos, queríamos ser sustentáveis e o mais confortável possível, passar uma sensação nostálgica. Também decidimos aumentar a silhueta, torná-la oversized e mais relaxada”, lista Tommy.
Tommy Hilfiger – Foto: Divulgação
Além de falar animado de moda, um outro assunto empolga o designer: o programa People’s Place, que amplifica a voz da próxima geração de criativos BIPOC. “Decidimos criar um programa para abraçar os jovens negros, para dar a eles oportunidades que normalmente não teriam. Então, estamos fazendo todos os tipos de desafios de design, os apoiando e colaborando com eles”, explica. “Estou surpreso que outras marcas não tenham feito nada parecido, mas estamos muito felizes com o que estamos fazendo, olhando para frente e abraçando esse público jovem e criativo”, afirma.
Bazaar bateu um papo com Tommy Hilfiger:
Você acha importante olhar para o passado para pensar no futuro da sua marca?
Para nós, sim. Algo que não acontece com todas as marcas. Mas, para nós, é importante olhar para o passado, para evoluir para o futuro.
Qual é a coisa mais importante para você hoje em dia quando começa o processo de pensar em uma nova coleção?
Manter o DNA intacto. Acho importante manter a linguagem da marca muito consistente e clara.
Quais são os clássicos que você quer ver renascer?
A camisa oxford, o blazer azul marinho, os vestido-camisa, as jaquetas de beisebol, as jaquetas esportivas em geral, as jaquetas lightweight e puffer e o monograma TH, que chega dos mais diferentes jeitos.
Quais são os pontos altos da nova coleção?
Caimento, cor, qualidade e estilo. Aposto neste tom de verde vibrante que estamos trazendo, que fica ótimo nas jaquetas esportivas e funciona muito com o branco.
Como você trabalha para inspirar seus clientes?
Eu acho que é importante dar a eles continuamente algo que eles não esperam. Algo fresco e novo, mas também familiar ao mesmo tempo. Acho muito importante continuar a ser jovem. Eu gosto de atrair a juventude, mas, ao mesmo tempo, eu acho que nossos consumidores mais antigos também querem continuar a se sentir jovens.
Com a pandemia, a guerra, as mudanças climáticas e todos os problemas que estamos enfrentando agora no mundo, como você vê o papel da moda e como você acha que a moda pode tentar ajudar em todas essas questões?
Não sei como a moda pode ajudar. Acho que cada empresa de moda tem seu próprio ethos e uma própria maneira de fazer as coisas. Minha marca sempre foi usável e acessível. Acho que muitas marcas de moda não são usáveis e não são acessíveis. Então estamos trabalhando duro para mantê-la sustentável. Estamos muito focados em ter uma empresa diversa e que se preocupa com os outros.
Por exemplo, temos uma coleção exclusiva para pessoas com necessidades especiais.
O post Tommy Hilfiger e seu futuro nostálgico apareceu primeiro em Harper’s Bazaar » Moda, beleza e estilo de vida em um só site.

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