Foto: Priscila Nicheli / Styling: Samantha Szczerb / Beleza: Elcides Freitas
Ela já fez inúmeros trabalhos, muitos deles premiados. É uma atriz de mão cheia e atualmente está produzindo um monólogo com previsão de estreia para o segundo semestre de 2023. Ingrid Klug foi Belém na novela “O Tempo Não Para”, da Rede Globo, papel que lhe rendeu grande destaque. Ademais, fez musical, teatro, cinema e a série “Olhar Indiscreto”, sucesso da Netflix, na qual contracena com Débora Nascimento, entre tantos outros trabalhos.
Pela performance no espetáculo da Broadway “[nome do espetáculo]”, ganhador do Prêmio do Humor 2018, recebeu inúmeras críticas positivas e indicações e foi laureada como de melhor atriz no Prêmio Botequim Cultural, atriz revelação no Musical Cast e melhor performer no Prêmio do Humor, idealizado por Fábio Porchat. Não é pouco.
Com 30 anos de idade e 12 de carreira, a carioca já atuou em espetáculos elogiados como “Meninos e Meninas”, “O Mambembe – Um Musical Brasileiro” e Pout-PouRir”.
É “mãe” de uma cadelinha, Isabel, a quem, como diz, trata como uma filha. Adora se cuidar, é vaidosa e gosta de andar de bike. Ingrid também é adepta das redes sociais, já produziu muito conteúdo para web com humor, outro ponto de realce em sua trajetória.
Leia a seguir entrevista que Bazaar fez com a atriz.
Como começou sua carreira de atriz?
Eu sempre admirei a profissão, mas cheguei nela por acaso. Um conhecido que ensaiava em uma escola de samba comigo me disse que eu era carismática e precisava fazer aula de teatro. Apesar de muito tímida, confiei na dica e me joguei na proposta dele. No dia seguinte mesmo assisti minha primeira aula em um curso livre do Sated (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro), e foi paixão à primeira vista.
Estudou? Se sim, o quê?
Fiz faculdade de letras/literatura e de atuação cênica. Ambas na Federal do Rio de Janeiro – Unirio. Enquanto fazia o curso de letras, eu me formei em um profissionalizante chamado Nu Espaço.
Quais papéis em sua carreira destacaria?
São três! Sem dúvida nenhuma minha estreia no audiovisual marcou muito com a personagem Belém de “O Tempo Não Para”. Mais por ter sido a minha primeira experiência em estúdios e nas telas e pela representatividade da personagem. A segunda é um papel no teatro num musical da Broadway chamado [nome do espetáculo]. A Susan, personagem que eu interpretava, além de ser divertidíssima me rendeu indicações a prêmios como melhor atriz e performer, um deles, inclusive, no prêmio do Humor do Fábio Porchat. A terceira é a Rita de “Olhar Indiscreto”. Foi a mais desafiadora pelas cenas íntimas e por saber que é meu primeiro trabalho internacional. Sem dúvidas eu estou explodindo de orgulho.
Conte sobre a série “Olhar Indiscreto”, da Netflix.
O que mais chamou atenção desde o início foi a equipe majoritariamente feminina. É importantíssimo que mais mulheres ocupem espaço no audiovisual. Além disso, a direção feminina trouxe um olhar sensível para as cenas íntimas que existem em grande quantidade na série. Preciso destacar também o fato de sermos a primeira produção da Netflix a contar com o apoio valioso de uma coordenadora de cenas íntimas. Essa profissional, junto da direção, com uma escuta atenta e respeitosa, nos orientou e acolheu dentro e fora do set, e isso deixa o artista muito confiante para se jogar de cabeça nessas cenas onde, naturalmente, ficamos mais expostos. Durante os ensaios percebemos que haveria muito respeito à equipe envolvida no processo. Conversamos sobre consentimento e respeito e isso sem dúvida colaborou para o sucesso global que é “Olhar Indiscreto”.
Foto: Priscila Nicheli / Styling: Samantha Szczerb / Beleza: Elcides Freitas
Como é sua personagem?
Rita é um encanto. Uma explosão de carisma. Me apaixonei desde que fiz o teste para a personagem. Ela é destemida, doce, sensual, divertida e enérgica. Rita, apesar de ser esse furacão magnético, sofre em busca de um amor verdadeiro. E eu sofria junto esperando que ela encontrasse alguém que realmente valorizasse seus sentimentos para além da experiência sexual. Rita me envolveu e espero que envolva o público também. Foi um super desafio que eu amei fazer.
Tem previsão para nova temporada?
A série possui apenas uma temporada, infelizmente.
Em que pé está o monólogo que você está criando? Já tem nome?
Já tem nome, mas ainda não vou divulgar, hahahaha, vou fazer um suspense.
Você escreveu sozinha?
Escrevi junto de dois artistas que amo e admiro demais. Caio Scot e Junio Duarte compartilham comigo algumas inquietações, então resolvemos nos juntar e colocar no mundo. Já, já sai do forno.
Quando deve estrear?
Final de 2023.
Você vai dirigir?
Não. Já trabalhei dirigindo, adoro dirigir, mas acredito que nesse projeto eu precise de um olhar externo.
Quais são os próximos projetos?
Acabei de integrar um grupo de cabaré chamado “Cabana da Malandra” e que se apresenta nas noites do Rio. Volto aos palcos cantando e atuando em abril com esse gênero tão rico.
Conte sobre seus projetos de humor e música para a internet?
Hahahahaha. Eu amo cantar e o humor sempre foi presente na minha vida. Na verdade essa manifestação na internet eu faço para me divertir, só por prazer. Durante a pandemia eu comecei a produzir esses vídeos brincando e alguns fizeram sucesso porque a galera se identificava. Agora com a correria de trabalhos eu parei um pouquinho de produzir, mas em breve eu volto a me comunicar pela web também. Sobre os vídeos cantando, eu comecei a fazer porque compartilhava com o público o meu processo aprendendo a tocar ukulele sozinha através de vídeos na internet.
Onde o humor entra na sua vida?
Em tudo. Desde nova sempre fui brincalhona, sempre adorei programas de humor e sempre acompanhei comediantes. Ano passado eu comecei a me aventurar no stand up comedy e recebi apoio de alguns colegas que trabalham na área, que me permitiram abrir seus shows, como o Nil Agra, Júnior Chicó, Flávio Andrade, Bruna Louise, Ed Gama, Tati Agra e Rafa Brits. É muito importante que mulheres ocupem cada vez mais o espaço da comédia. A gente tem muita coisa interessante para falar e mulher sabe fazer comédia bem, sim.
Como lida com a beleza? Tem algum ritual?
Eu amo me cuidar, sou supervaidosa! Amo rituais de beleza para manter a pele e o cabelo em dia. Sempre hidrato e faço meu dia da beleza na semana para ficar de roupão cuidando de cabelo e corpo, hahaha. Frequento academia e amo andar de bike também.
Foto: Priscila Nicheli / Styling: Samantha Szczerb / Beleza: Elcides Freitas
É casada?
Solteira e sem filhos! Mentira, tenho uma cadelinha, a Isabel, que eu trato como se fosse filha.
Acha que as redes sociais são canais em que as pessoas devem se posicionar social e politicamente?
Com certeza são canais onde todos se posicionam mesmo quando não há intenção. Tudo é política e tudo gera movimento. Nossos corpos falam sobre política e nossa maneira de nos comportar e comunicar no mundo também influenciam. Eu procuro escolher sempre caminhos e posicionamentos mais democráticos, plurais e que apoiem a diversidade que existe no mundo.
O post Ingrid Klug: “É importantíssimo que mais mulheres ocupem espaço no audiovisual” apareceu primeiro em Harper’s Bazaar » Moda, beleza e estilo de vida em um só site.
