Ana Tavares – Foto: Divulgação
Por Li Lacerda
Mulheres nunca tiveram as mesmas oportunidades no mercado financeiro, reduto tradicionalmente masculino. E o cenário de oportunidades que, felizmente, se ampliou nos últimos anos com a popularização da bolsa e a criação de vagas em cursos universitários onde já somos maioria, está longe de ser o ideal. A questão é que a profissão evoluiu com o estigma de ser “de homem” e, agora, é difícil fazer com que as próprias empresárias tenham grandes interesses no nicho – o que é um erro já que isso também se reflete no receio das mulheres investirem seu próprio dinheiro.
“As mulheres têm que passar a ocupar mais esse mercado, entendendo que a possibilidade de investimento pode garantir o sonho da casa própria, abertura de um negócio, provimento da família em um período de desemprego ou até mesmo, aposentadoria, o que é muito comum nos Estados Unidos. As mulheres são quase 30% das profissionais no mercado financeiro no Brasil, segundo pesquisas, e desse montante eu tenho certeza que uma fatia importante é que ganha ‘o grosso’ para sustentar as próprias casas”, dispara a trade Ana Tavares, que hoje influencia outras mulheres a investirem no setor.
Segundo ela, a pandemia ajudou nesse sentido. Isso porque, sem ter o que fazer em casa, muitas mulheres se viram desempregadas e começaram a pesquisar formas de ganhar dinheiro com renda de valores guardados ou com novas possibilidades de investimentos. “Era uma forma de ganhar um salário sem sair de casa, então muitas mulheres foram atraídas pelo mercado financeiro. Isso ajudou a fazê-las enxergar possibilidade de diversificar seus investimentos e, agora, a compartilhar as próprias experiências com outras amigas, colegas, internautas…”, avalia, se referindo à própria história, já que hoje Ana tem mais de 129 mil seguidores só no Instagram e ajuda mulheres em cursos e consultorias de investimentos.
“Depois da pandemia, o número de investidores pessoa física na bolsa praticamente triplicou e muitas pessoas mudaram de vida, realizaram sonhos, mas essa ainda não é a realidade da maioria”, exemplifica, completando: “Ainda falta conhecimento e experiência e isso acaba trazendo prejuízos”. Ana ainda reflete, finalizando: “Por esse motivo, buscar orientação adequada e de profissionais capacitados é tão crucial no processo, principalmente no início”.
Ela lembra que investimento do dinheiro pessoal ou da família precisa ser algo planejado e estudado com cautela, já que ter dinheiro do próprio salário para investimento é um privilégio de poucos no Brasil. A aplicação em investimentos tradicionais como poupança e fundos de renda fixa pode dividir a carteira de investimentos com aplicação na bolsa. Isso capitaliza empresas, amplia marcados e possibilita sonhos.
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